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Audiência articula grupos para combate a incêndios

Audiência articula grupos para combate a incêndios

No dia 10 a Câmara realizou uma audiência pública onde foram discutidas propostas para diminuir a ocorrência de incêndios nas florestas do Município. Ao final da audiência, foi formado um grupo que pretende articular os esforços das entidades envolvidas no combate ao fogo e na preservação do meio ambiente: Corpo de Bombeiros; APAOP (Associação de Proteção Ambiental de Ouro Preto); IEF (Instituto Estadual de Florestas); brigadistas – voluntários que atuam no combate a incêndios – além das secretarias de Meio Ambiente, Agricultura e Educação e da própria Câmara.

 

“Nós já tivemos em Ouro Preto em anos anteriores uma grande integração no combate a incêndios no centro histórico com o movimento ‘Chama’ e hoje temos uma consciência maior e um aparato melhor para combater esses incêndios. A ideia é que se crie uma rede como essa voltada para o combate aos incêndios florestais”, explicou o vereador Flávio Andrade (PV), que solicitou a realização da audiência. “Foi uma audiência positiva. Tivemos todos os órgãos responsáveis presentes e o principal objetivo foi alcançado: a integração”, declarou o vereador Júlio Pimenta (PPS), que também participou da reunião.

 

Durante a audiência, o diretor de Meio Ambiente da secretaria de Meio Ambiente, Ronald Guerra, expôs um quadro assustador sobre o impacto das queimadas nas matas de Ouro Preto. “Fizemos um levantamento pegando todos os relatórios de incêndios que ocorreram desde o mês de junho e somamos as áreas atingidas. Pode-se dizer que cerca 1500 hectares de mata foram queimadas”, afirmou. Um hectare equivale a um campo de futebol.

 

Os números apresentados pelo Corpo de Bombeiros durante a audiência vão de encontro à situação verificada pela secretaria de Meio Ambiente: entre os anos de 2000 e 2006, foram registradas 572 ocorrências de incêndios florestais no Município enquanto apenas entre agosto e outubro deste ano já foram contabilizadas 204 ocorrências desse tipo.

 

De acordo com o sub-tenente Dutra, comandante da 3ª Companhia do 12º Batalhão do Corpo de Bombeiros, sediada em Ouro Preto, a estrutura precária da corporação não permite um combate mais eficaz aos incêndios florestais. “Nós temos hoje um carro de combate a incêndios. São necessários dois, porque se esse caminhão estiver fora, Ouro Preto fica desguarnecida para o combate a um incêndio que ameace o centro histórico”, declarou o sub-tenente Dutra lembrando que a 3ª Companhia, com seus 41 integrantes, é responsável por 41 Municípios da região.

 

Além dos incêndios criminosos, apontados como a principal causa do aumento das queimadas em 2007, questões climáticas também contribuíram para elevar o alastramento do fogo pelas florestas que rodeiam Ouro Preto.

 

 

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