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Audiência discute o referendo do desarmamento, que acontece no próximo dia 23

Audiência discute o referendo do desarmamento, que acontece no próximo dia 23

Audiência discute o referendo do desarmamento, que acontece no próximo dia 23

Câmara Municipal de Ouro Preto - Audiência discute o referendo do desarmamento, que acontece no próximo dia 23

Com o objetivo de conscientizar a população e promover o debate, a Câmara de Vereadores de Ouro Preto realizou nesta quarta-feira, 19 de outubro, a audiência pública sobre o referendo do desarmamento.

O requerimento que pediu a audiência é de autoria dos vereadores Crovymara Batalha (PPS) e Flávio Andrade (PV). Participaram do evento o deputado federal Cabo Júlio (PMDB-MG), da frente parlamentar contrária à proibição do comércio de armas de fogo no Brasil, e o deputado estadual Edson Resende (PT), integrante do grupo favorável ao desarmamento.

O referendo, com data marcada para o próximo domingo, dia 23, servirá para mostrar se os eleitores brasileiros querem ou não que o comércio de armas e munições seja proibido no País. Assim como nas eleições para cargos do Executivo e do Legislativo, todos os eleitores deverão votar no referendo.

“A audiência foi de extrema importância porque a gente pode informar a população ouropretana em relação ao referendo do próximo domingo”, avalia Crovymara Batalha. Para Flávio Andrade “a Câmara cumpriu seu papel de levar informações até a comunidade, para que a comunidade possa fazer sua opção”. A audiência foi transmitida ao vivo pelas rádios Província e Sideral FM.

O deputado Edson Resende lembrou que cerca de 36 mil pessoas morrem por ano no Brasil vítimas de armas de fogo, o equivalente a 5 mortes por hora. Ele ainda destacou que, a cada 100 homicídios, 70 são por este tipo arma. “Defendo o sim porque existem armas demais e vítimas demais neste País. A partir dos anos 80, a introdução maciça de armas, a cultura da violência e a questão da desigualdade social trouxeram um fato explosivo: hoje o Brasil é o País onde mais se mata no mundo”. O parlamentar estima que exitam no Brasil cerca de 17 milhões de armas de fogo.

Outro dado alarmante apresentado pelo deputado defensor do Sim, é que os crimes cometidos por fatos banais e não noticiados pela mídia correspondem na atualidade a 60% dos registros. No ano passado, conforme Edson Resende, a campanha do desarmamento conseguiu evitar mais de 5 mil mortes. “A campanha do desarmamento poupou 5,5 mil vidas, em 2004. Pela primeira vez na história, desde 1980, o número de homicídios por arma de fogo caiu”.

Para o deputado Cabo Júlio, da frente parlamentar do Não, o Estado não pode tirar um direito do cidadão. “O Estatuto do Desarmamento é uma das legislações mais duras do mundo. O Estado não pode tirar o meu direito, ele pode colocar regras para que eu exerça esse direito. O Estado não pode me proteger e não quer que eu tenha o direito de optar se vou ou não me proteger. Além disso, estão sendo gastos R$ 260 milhões, esse ano não chegou nada de recursos federais para combate à violência em Minas Gerais porque gastaram tudo com o referendo. Votamos não porque não queremos que o bandido tenha a certeza que na minha casa ele não vai encontrar uma arma”.

Legenda: Vereadores e deputados debatem com a platéia o referendo do dia 23. A audiência foi transmitida por rádio e os ouvintes também puderam fazer perguntas pelo telefone

Publicado por: Assessoria de Comunicação em 19/10/2005

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