Os representantes da empresa deram esclarecimentos sobre a retomada das operações da Samarco. Além da implantação do Sistema de Disposição de Rejeitos Cava Alegria Sul, para voltar a produzir, a Samarco depende ainda da conclusão do Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) do Complexo de Germano. Esse processo visa regularizar todas as licenças da Unidade de Germano, que estão suspensas.
Durante a reunião, também foram discutidas outros assuntos, como o compromisso com a reparação dos impactos gerados pelo rompimento da barragem de Fundão e as obras realizadas para reforço e segurança das barragens e os planos de ação emergencial.
Segundo Guilherme, na etapa de implantação da Cava serão gerados cerca de 750 empregos no pico de obras, incluindo os funcionários diretos da Samarco e das empresas terceirizadas. “Esses funcionários que foram contratados devem ser reaproveitados no início das operações, haverá uma rampa de produção, não temos condição de iniciar com 100% da capacidade produtiva que existia antes do rompimento da barragem, então essa porcentagem vai aumentando: 26% com um concentrador, depois dois concentradores e teremos depois a implantação das usinas de filtragem, o que também vai gerar bastante movimentação naquela área”, ressaltou.
Os parlamentares expuseram os benefícios do retorno da Samarco para a comunidade e também a importância da atividade mineradora no município. “Desde o rompimento da barragem estamos acompanhando a luta para a retomada de suas atividades. O meu objetivo com o requerimento é obter informações a respeito das vagas de empregos, pois a população está na expectativa, diante desse cenário de desemprego. A retomada das atividades será de grande valia para a população de Ouro Preto, principalmente pela queda de arrecadação que o município sofreu desde então”, explicou o vereador Vander Leitoa.
Da mesma forma, o vereador Marquinho do Esporte (SD) disse que “desde a tragédia da Samarco, os vereadores dessa Casa vem defendendo a volta das atividades da empresa, mas claro, com segurança e responsabilidade. Estamos muito preocupados com a Fundação Renova, que não está contratando as pessoas de Ouro Preto; eles estão exigindo a apresentação do título de eleitor e o comprovante de residência de Mariana. Isso dificulta muito a contratação dos profissionais ouro-pretanos para atuar na reparação da mineradora. Os representantes da empresa disseram que darão prioridade às pessoas que já trabalharam e foram mandados embora. Além disso, assumiram, também, o compromisso de fazer contratações de profissionais de Ouro Preto. Esperamos que a Samarco possa cumprir com essa demanda e volte com as atividades o mais rápido possível”.
Para o vereador Juliano Ferreira (MDB), que é presidente da Comissão Especial de Desenvolvimento Econômico Emprego e Renda do Legislativo ouro-pretano, “ficou claro na reunião que o universo de 70% dessas contratações é muito discrepante de Ouro Preto em relação às outras cidades vizinhas; há muito menos pessoas contratadas. Então, o que pretendemos fazer é monitorar essas vagas no Sine e ver como está sendo feita essa distribuição, o que queremos é paridade dos direitos e uma divisão mais igualitária entre os municípios. A empresa tem que ter essa responsabilidade”, ressaltou.
Conforme os representantes da mineradora explicaram, a expectativa é que as licenças necessárias para viabilizar o retorno das atividades sejam obtidas ao longo de 2019. Assim, os edis continuarão acompanhado o possível retorno das atividades da Samarco.