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Comunidade e repúblicas buscam entendimento

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Câmara Municipal de Ouro Preto - Comunidade e repúblicas buscam entendimento

Comunidade e repúblicas buscam entendimento


Na tarde da última quarta-feira, 3, o plenário da Câmara Municipal sediou uma reunião que discutiu a regulamentação do uso das repúblicas em Ouro Preto. A medida do prefeito Angelo Oswaldo (PMDB), enérgica, mas necessária, autorizando a desapropriação da República Pif-Paf, acelerou um processo que já vinha acontecendo na Universidade, visando a otimização do uso dos imóveis de sua propriedade. O encontro reuniu o maior e mais amplo número de entidades envolvidas no assunto.

Participaram do evento vereadores, representantes da Prefeitura, da Famop (Federação das Associações de Moradores), das repúblicas federais e do MDME (Movimento de Democratização de Moradia Estudantil). A reunião contou também com a presença do reitor da Ufop (Universidade Federal de ouro Preto), João Luís Martins, e do vice-reitor da universidade, de dois representantes do MEC (Ministério da Educação e Cultura) e do deputado estadual Rogério Correia (PT), representando a Assembléia Legislativa de Minas Gerais.

Se nas últimas ocasiões em que o assunto foi levado a público o clima foi de tensão e confronto, no debate da útima quarta prevaleceu a intenção de todas as partes envolvidas de chegar a um entendimento. “A mensagem que eu trouxe da universidade foi de conciliação, e não da busca de culpados para todos esses problemas. Queremos dar a devida atenção a esses problemas e melhorar a nossa relação com a comunidade ouropretana, afinal de contas, nós fazemos parte dela” afirmou o reitor da Ufop.

A pequena participação da universidade nas questões envolvendo a comunidade ouropretana foi identificada pelos vereadores como a maior dificuldade para um relacionamento harmonioso entre a população e a universidade. “A questão da moradia estudantil é apenas uma gota num oceano. O problema maior é o pequeno compromisso da universidade com a transformação da sociedade onde ela está inserida, numa sociedade mais justa e mais igualitária. Talvez, esse distanciamento tão grande tenha permitido que Ouro Preto seja sede de uma universidade e tenha os piores índices em educação na região”, declarou o presidente da Câmara, Wanderley Rossi Kuruzu. “ Temos confiança de que, daqui pra frente as coisas vão mudar”, concluiu o vereador petista.

A mesma opinião é defendida pelo vereador Flávio Andrade (PV). “A Ufop tem que estar cotidianamente junto à população, ajudando-a a resolver seus problemas. Temos cursos, como os de Farmácia e Direito, que já contribuem, mas a universidade pode contribuir muito mais. Não temos direito de perder esse momento de discussão, precisamos definir soluções eficientes”, disse.

“A universidade tem uma função na sociedade brasileira e no desenvolvimento da região de Ouro Preto. É importante que essa discussão se trave de maneira firme no âmbito da universidade, devido à sua autonomia garantida por prerrogativas legais. Mas a comunidade precisa ser ouvida em todas as suas instâncias de maneira insistente, democrática e transparente para que a discussão seja profícua”, comentou o representante da Secretaria de Ensino Superior do MEC, Walisson Araújo.

Ao final da reunião, duas atitudes indicaram a disposição ao diálogo e à conciliação. O presidente da Famop (Federação das Associações de Moradores de Ouro Preto), Geraldo Mendes, convidou os estudantes a participarem da próxima reunião da entidade, no dia 8 de maio, na Câmara. “Uma coisa salutar que vimos hoje é que as coisas não vão continuar da maneira como estão. Fui procurado por estudantes que querem participar de Associações de Moradores. Acredito que desse impasse vai surgir uma grande parceria entre a Famop e a comunidade estudantil”.

Já o presidente da Câmara de Ouro Preto anunciou que vai requisitar à Ufop a participação de representantes da população no Comitê Permanente de Moradia Estudantil, um órgão criado pela universidade para discutir assuntos relativos ao sistema de repúblicas. “Queremos que a comunidade participe do Comitê, já que as repúblicas não ficam em locais isolados. Da mesma forma que o município reserva à universidade vagas em diversos conselhos municipais, seria bom que a comunidade participasse desse grupo de trabalho”, justificou Kuruzu.

Foto: Estudantes e comunidade ouro-pretana lotaram o plenário da Câmara

Publicado por: Assessoria de Comunicação em 05/05/2006

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