De acordo com a assistente social Atylana Fernandes, que faz parte do conselho diretor da Organização Cultural Ambiental (OCA), o intuito principal de trazer a exibição do documentário para a Câmara é alertar o poder legislativo sobre a importância de se articular, junto como executivo e com empresas, possibilidades de parcerias para captar recursos, para dar continuidade a esse trabalho. “As atividades são realizadas no ginásio do Ouro Preto Tênis Clube (OPTC) às segundas, quartas e sextas-feiras e estão em processo de paralisação por falta de recurso. Este ano tivemos que fazer uma redução das atividades para, pelo menos, finalizar o primeiro semestre, para que isso não acarretasse ainda mais problemas para o processo de aprendizado dos alunos. Atualmente as aulas não estão mais acontecendo, mas o atendimento administrativo e social permanece”, ressalta.
Ainda segundo Atylana, a ideia inicial era realizar um vídeo institucional de três minutos. “Mas a partir da imersão dos produtores, de entender a importância do trabalho e de coletar o máximo de depoimentos sobre o que representa o projeto tanto para a família, quanto para as crianças que são participantes e pessoas que fazem parte da equipe, eles viram que seria importante pensar um formato mais amplo desse trabalho. A partir dessa percepção deles, o que seria um vídeo institucional de três minutos, virou um documentário de 26 minutos, que traz toda uma riqueza de um trabalho que acontece em defesa do direito da criança e do adolescente ouro-pretano. São dez anos de muita luta e resistência para que o trabalho não paralisasse. Então, a gente vê a importância de divulgar ao máximo essa história, para que a gente consiga criar articulações para que o trabalho aconteça de forma permanente e que seja parte consolidada da política pública da criança e do adolescente”, disse.
Sobre o projeto
O Circo da Gente é um programa de ação sociocultural e educativa que faz uso das artes e do circo para oferecer oportunidades de desenvolvimento integral a crianças e jovens de Ouro Preto, do distrito de Miguel Burnier e da comunidade do Mota. O documentário foi gravado no final de 2018 e o pré-lançamento foi realizado em maio, no bairro Piedade. Após encerramento da fase de divulgação, ele estará disponível na página do projeto no Facebook. A produção foi realizada pela Makeplug, por meio da articulação com o fotógrafo Eduardo Tropia. O escritório do projeto funciona no Trem da Vale, na Estação.
