
O gerente geral da Fundação, Paulo Baratta, explicou que a emissora atua há 24 anos e que opera com 10 funcionários, precisando de um orçamento de R$40 mil para arcar com todos os gastos. “É um momento ímpar e triste para gente em função da própria situação econômica do país que reflete nos segmentos empresariais e públicos. Estamos na situação de suspender as operações da TV, mas buscando ainda apoio para que isso não aconteça. Hoje, nessa reunião que tivemos na Câmara, saímos com a sensação que teremos apoio para reverter essa situação”, explicou.
Paulo ainda destacou que o principal desafio da TOP Cultura, nesse momento, é financeiro. “A Fundação tem recursos escassos, temos que destiná-los para os projetos filantrópicos. Nós tínhamos um suporte de apoio e patrocínio de entidades públicas e privadas da região, mas eles foram suspensos, o que acabou levando a gente a essa decisão. O desafio é tentar conseguir que esse recurso retorne para a TV, para que ela possa manter e ampliar suas atividades, além de gerar mais empregos”, concluiu.
Durante a reunião, a vereadora Regina Braga (PSDB) sugeriu que fosse criada uma comissão para buscar soluções para que a TOP Cultura permaneça na região. “Nós temos um carinho e respeito pela emissora e ela é top mesmo. Ela não é só de Ouro Preto, mas da Região dos Inconfidentes. São apolíticos, apartidários. Fazem um trabalho sério e profissional. Cobrem nossos distritos, fazendo um jornalismo social e responsável. O custo nós vimos que não é caro. Temos, em nosso município, inúmeras mineradoras que gastam milhões com comunicação. Temos várias empresas, hotéis e pousadas. Se todo mundo contribuir, a nossa TV não fecha. Por isso eu sugeri a criação da comissão de vereadores para a gente procurar nossos colegas de Mariana e junto com a Associação Comercial e prefeituras cobrar das empresas um apoio. Porque vai ser uma vergonha a nossa TV fechar por conta de R$40 mil”, explicou.
O vereador Marquinho do Esporte (SD), autor da representação e que também integra a comissão, avaliou a participação dos representantes da Fundac na Tribuna Livre. “O intuito da representação era saber se o motivo do fechamento da TV era financeiro, o que foi esclarecido. As prefeituras de Ouro Preto e Mariana já assumiram o compromisso de arcar, cada uma, com R$10 mil reais. Mas isso resolve apenas 50% da despesa. A Câmara rescindiu o contrato com a TOP por causa da situação do Legislativo. A ideia é nos unirmos para que a TOP possa continuar prestando esse belíssimo trabalho. Ouro Preto já perdeu tantas coisas. Temos 14 mil desempregos no nosso município. E lá hoje temos nove funcionários e a emissora que é patrimônio de Ouro Preto. Vamos lutar para que ela continue atuando no município”, disse.
O vereador Wander Albuquerque (PDT), que também integra a comissão, avalia os encaminhamentos da reunião. “A TOP Cultura é extremamente importante. A Câmara sempre foi parceira da emissora. Saímos daqui com uma comissão de vereadores para buscarmos caminhos para que a ela continue na cidade. Temos que estar unidos nesse momento. Ouro Preto e Mariana, privilegiados com esse trabalho de anos da TOP Cultura, devem estar unidas para mantê-la como está e tentando ampliar a transmissão para todos os distritos. Nesse momento de crise, não podemos deixar que outros trabalhadores percam seus empregos”, concluiu.