“Nós desejamos ser ouvidos. Existe um processo que vem se delongando há dez anos em que se fala sobre a remoção da feira, alegando que nós não fazemos parte do patrimônio. Nós queremos ser registrados e reconhecidos como bem cultural da cidade de Ouro Preto. Utilizamos a Câmara por ser um ponto de referência do povo para esclarecer que queremos ficar onde nós estamos e receber esse registro”, aponta Joelma Guimarães, artesã e expositora na feirinha de pedra-sabão.
O vereador Juliano Ferreira (PMDB) salienta que “precisamos chegar ao fim dessa situação. As pessoas têm que ter estabilidade e segurança para trabalhar”. O vereador Chiquinho de Assis (PV) acrescenta que: “A unidade desta Casa em relação à situação da feirinha de pedra-sabão me surpreendeu. Independente das bandeiras partidárias, todos se posicionaram a favor dos artesãos, querendo que sejam reconhecidos como patrimônio imaterial cultural de nossa cidade, primando por uma regulamentação da feirinha”.
Ao final da reunião, os vereadores fizeram uma representação de nº 148/2017 encaminhada ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural e Natural (Compatri) manifestando o apoio da Câmara de Ouro Preto à abertura de processo de registro da Feira de Artesanato do Largo do Coimbra como Patrimônio Imaterial Municipal na categoria de lugar, mediante diretrizes apresentadas no “Roteiro para solicitação e tramitação do processo de registro de bem cultural como Patrimônio Imaterial do Município de Ouro Preto”.